A linguagem e os preconceitos em que se baseia a linguagem nos criam diversos obstáculos no exame de processos e impulsos interiores: por exemplo, no fato de realmente só haver palavras para graus superlativos desses processos e impulsos - ; mas estamos acostumados a não mais observar com precisão ali onde nos faltam as palavras, pois é custoso ali pensar com precisão (...). Raiva, ódio, amor, compaixão, cobiça, conhecimento, alegria, dor - estes são todos os nomes para estados extremos: os graus mais suaves e medianos, e mesmo os graus mais baixos, continuamente presentes, nos escapam, e, no entanto, são justamente eles que tecem a trama de nosso caráter e de nosso destino. (...) Aquilo que parecemos ser, conforme estados para os quais temos consciência e palavras - e, portanto, elogio e censura - nenhum de nós o é; por essas manifestações grosseiras, as únicas que nos são conhecidas, nós nos conhecemos mal, nós tiramos conclusão de um material em que, via de regra, as exceções predominam, nós nos equivocamos na leitura da escrita aparentemente clara de nosso ser.
Friedrich Nietzsche (1881)
"Quero antes o lirismo dos loucos, o lirismo dos bêbados, o lirismo difícil e pungente dos bêbados. O lirismo dos clowns de Shakespeare. - Não quero mais saber do lirismo que não é libertação." - Poética - Manuel Bandeira
sexta-feira, novembro 25
quarta-feira, novembro 23
4h da Manhã esperando o Amanhã.
Na noite estrelada,
Observo as estrelas piscando,
Enquanto aguardo a alvorada.
Pedaços de diamantes
Que quebraram ao cair no chão.
Pontos fascinantes
Que de tão longe fogem da minha compreensão.
São diamantes no céu
Colados em um preto véu
Estendido lá em cima.
Isso não te fascina?
São estrelas que piscam sem saber
Que estão sendo observadas e admiradas
Por outros pontos que, talvez, nunca irão entender
Que tem suas luzes também irradiadas
Que nossa reação não pode ser medida em palavras finitas,
Pois são finitas.
E da finitude, eu abro mão...
E pensar que a luz que nos cega,
Pode ser a luz de uma que não mais existe.
Isso me apega
No quão bonito e misterioso pode ser viver e compreender.
Que o acaso da vida nos guie para o desconhecido.
A cada dia estamos enfrentando desafios.
Um por um. Juntos, nunca só um.
Deixemos de ser egoístas
E tentemos descrever o por-do-sol
Para uma pessoa sem vistas.
segunda-feira, novembro 14
Pela Luz dos Olhos Teus
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais larirurá
Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar.
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais larirurá
Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar.
Vinicius de Moraes/Toquinho/Miúcha/Tom Jobim - 1977
sexta-feira, novembro 11
quarta-feira, novembro 9
Da vez em que faltou Luz.
E foi no meio da escuridão
Que todos olharam para cima
E notaram a Iluminação.
Desde então, a humanidade me fascina.
Matheus I. Mazzochi
Que todos olharam para cima
E notaram a Iluminação.
Desde então, a humanidade me fascina.
Matheus I. Mazzochi
Codinome Beija-Flor
Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Cazuza - Exagerado - 1985
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Cazuza - Exagerado - 1985
quarta-feira, novembro 2
Boa Noite
Boa noite, Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em cheio...
Boa noite, Maria! É tarde... é tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.
Boa noite!... E tu dizes – Boa noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não me digas descobrindo o peito,
– Mar de amor onde vagam meus desejos.
Julieta do céu! Ouve.. a calhandra
já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti?... pois foi mentira...
...Quem cantou foi teu hálito, divina!
Se a estrela-d'alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto,
Eu direi, me esquecendo d'alvorada:
"É noite ainda em teu cabelo preto..."
É noite ainda! Brilha na cambraia
– Desmanchado o roupão, a espádua nua –
o globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua...
É noite, pois! Durmamos, Julieta!
Recende a alcova ao trescalar das flores,
Fechemos sobre nós estas cortinas...
– São as asas do arcanjo dos amores.
A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.
Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que escalas de suspiros, bebo atento!
Ai! Canta a cavatina do delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora...
Marion! Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova aurora?!...
Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
– Boa noite! –, formosa Consuelo...
A lua nas janelas bate em cheio...
Boa noite, Maria! É tarde... é tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.
Boa noite!... E tu dizes – Boa noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não me digas descobrindo o peito,
– Mar de amor onde vagam meus desejos.
Julieta do céu! Ouve.. a calhandra
já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti?... pois foi mentira...
...Quem cantou foi teu hálito, divina!
Se a estrela-d'alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto,
Eu direi, me esquecendo d'alvorada:
"É noite ainda em teu cabelo preto..."
É noite ainda! Brilha na cambraia
– Desmanchado o roupão, a espádua nua –
o globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua...
É noite, pois! Durmamos, Julieta!
Recende a alcova ao trescalar das flores,
Fechemos sobre nós estas cortinas...
– São as asas do arcanjo dos amores.
A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.
Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que escalas de suspiros, bebo atento!
Ai! Canta a cavatina do delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora...
Marion! Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova aurora?!...
Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
– Boa noite! –, formosa Consuelo...
São Paulo, 27 de Agosto de 1868
Castro Alves
terça-feira, novembro 1
O Jovem Jean Piaget I
Eis que o Jovem Jean Piaget se encontrava na fase Sensório-Motor
E decidiu desbravar e conhecer o mundo ao seu redor.
- Vai lá, Jean! Vai lá sem medo!
E Jean Piaget foi-se sem medo e sem temor,
Em busca das assimilações novas e acomodações possíveis...
[- Mas não é cedo demais? -Fica quieto que eu que to contando, rapaz!]
...para conhecer algo novo e inovador.
-Tchau, Piaget!
E respondendo com seu estimulo reflexo, foi-se Piaget.
Foi-se Piaget....
Piaget...
Piage...
Piag...
Pia...
Pi...
P...
...
..
.
- Piaget sumiu!
Matheus I. Mazzochi
E decidiu desbravar e conhecer o mundo ao seu redor.
- Vai lá, Jean! Vai lá sem medo!
E Jean Piaget foi-se sem medo e sem temor,
Em busca das assimilações novas e acomodações possíveis...
[- Mas não é cedo demais? -Fica quieto que eu que to contando, rapaz!]
...para conhecer algo novo e inovador.
-Tchau, Piaget!
E respondendo com seu estimulo reflexo, foi-se Piaget.
Foi-se Piaget....
Piaget...
Piage...
Piag...
Pia...
Pi...
P...
...
..
.
- Piaget sumiu!
Matheus I. Mazzochi
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