Tá bem barato futebol BOLA!
Bem no teu ouvido.
Matheus I. Mazzochi
"Quero antes o lirismo dos loucos, o lirismo dos bêbados, o lirismo difícil e pungente dos bêbados. O lirismo dos clowns de Shakespeare. - Não quero mais saber do lirismo que não é libertação." - Poética - Manuel Bandeira
sábado, dezembro 21
segunda-feira, dezembro 2
Curto e Grosso como Coice de Porco
Desde guri moço que andava por aí,
Aprendi.
Escutando uma trova aqui...
Outra ali...
Que a vida é uma coisa de louco!
E que o tempo que temos
É muito pouco.
Andava mais enrolado que namoro de cobra
E ficava mais faceiro que genro em velório de sogra.
Quando tudo se resolvia,
Eu saia.
E bebia.
Fumava um palheiro, tomava um traguito.
Às vezes, junto; às vezes, solito.
Adorava um fandango...
E quando tinha mulher, dançava era tango!
De tango em tango, me apelidaram de malandro.
Vê se pode!
Malandro é o gato que já nasceu com bigode!
E tenho dito: mulher ciumenta, nem o diabo aguenta,
Mas se o homem é sem vergonha, só o relho lhe endireita.
Aí eu fiquei mais velho que andar pra frente.
É, vivente...
Mais encolhido e retorcido que bago de touro na brasa.
Mais encalhado que barco em água rasa.
Mais sério que criança cagada.
Aí eu vi que mais vale o pouco do que nada.
E que nunca tive tudo de mão beijada.
Agora, olhando pra trás, não me arrependo, não.
Sovo meu mate, meu amargo, meu chimarrão
E reflito com os meus “botão”:
Amei e fui amado, fui poeta e, por que não?,
Vivi muitos momentos como um baita mangolão.
E sem boina e de alpargata nas “mão”
(Pois dizem ser o solo sagrado, então...)
Adentrarei ao piquete Eterno
(Depois de dar uma visitada ao Inferno)
E perguntarei:
“ Qual é a finalidade de tudo isso, meu Patrão?”
E talvez ele me responda.
Talvez, não.
Matheus I. Mazzochi
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