"Quero antes o lirismo dos loucos, o lirismo dos bêbados, o lirismo difícil e pungente dos bêbados. O lirismo dos clowns de Shakespeare. - Não quero mais saber do lirismo que não é libertação." - Poética - Manuel Bandeira
sexta-feira, dezembro 30
2012
- Tu acreditas que o mundo vai acabar em 2012?
- Ah, nem vem... Não me diz que tu também és daqueles malucos místicos e supersticiosos.
- É que sempre tão falando nisso e eu fico pensando: Bah! E se realmente acontecer?
-“... E se realmente acontecer?”. Não vai acontecer, cara.
- Como tu sabes?
- Não faz sentido, meu. Tão se baseando em cima de um calendário Maia. Em cima de um calendário de uma civilização que nem existe mais.
- Eles existem... só que estão pedindo esmolas nas ruas da América Central.
- Então! Vamos acreditar em mendigos?
- Não é esse o ponto...
- Eu não acredito em fim do mundo.
- Tem uma frase: “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay!”.
- Mesmo assim...
- É incrível pensar que uma civilização sem nenhuma eletricidade e ciência moderna conseguia adivinhar o que acontecia no mundo.
- Isso é mito.
- Eles, de tanto admirar e estudar os céus e os astros, conseguiram prever equinócios, eclipses, tudo!
- Faziam isso para os rituais sangrentos deles.
- Não eram rituais sangrentos.
- Não... Hoje arrancamos corações das outras pessoas e servimos aos deuses em troca de bênção. É tri normal. Dizem que será o tema da nova novela das oito.
- Era a crença deles.
- Uma crença sangrenta.
- De qualquer forma, essa crença e esse conhecimento os deixaram mais próximos da Natureza do que nós hoje.
- Eu prefiro continuar com meu coração no lugar.
- De nada adianta tê-lo em seu lugar sem saber usa-lo.
- Ele bombeia bem.
- Sabia que eles construíram um templo em nome do deus deles que até hoje é um mistério para nós como eles o fizeram?
- Ta bem bom esse mate, quer o próximo?
- Quero.
- Cuidado que ta meio quente.
- Ou meio frio.
- Não começa...
- Enfim, o Templo de Kukulcán é um mistério para quem o conhece. Dizem que nos equinócios e solstícios, pela luz do amanhecer e do pôr-do-sol, à medida que o Sol vai se movimentando, podemos notar que as sombras das grandes esculturas de serpentes também se movimentam. Esse jogo de luz e sombra torna um efeito visual incrível! Vemos cobras de sombras se movendo dentro e fora do templo!Uma civilização que tinha essa sensibilidade deve ser reconhecida.
- Sensibilidade em arrancar corações...
- Também dizem que se tu olhar o templo de cima, pode notar que, dependendo da posição do Sol, o jogo de luz e sombra forma várias pirâmides. E sabe o mais incrível?
- Não.
- Pirâmides matematicamente perfeitas e idênticas àquela que forma o próprio Templo!
- Ah-vá!?
- E tem mais.
- Hm.
- O Templo de Kukulcán foi feito em homenagem ao deus Quetzalcóatl.
- Qual deus?
- Quetzalcóatl.
- Quero ver soletrar de trás pra frente.
- Esse deus é representado pela ave Quetzal, que tem um canto bem pecu...
- Peraí.
- Diga.
- O Templo não era de Kukulcán?
- Sim. É.
- Então porque foi feito em homenagem a outro deus?
- Kukulcán e Quetzalcóatl, dizem, são os mesmos. Muda só pela questão dos antigos povos daquela região que deram origem aos Maias.
- Não faz sentido.
- Claro que faz! Um povo acaba pegando um pouco da cultura do povo que ele dominou. Aí, um decidiu construir o templo em homenagem ao seu deus que era o mesmo do antigo povo, só mudava o nome.
- Ta muito confuso isso, mas tudo bem...Depois me falam do tal calendário...Continua.
- Enfim, esse canto é peculiar.
- Que canto? Da pirâmide?
- Não, do Quetzal.
- Ah...
- Esse canto é bem peculiar. Dizem que se tu fica na entrada norte-nordeste do templo e bate palmas, ocasionará um efeito acústico que será idêntico ao canto do Quetzal.
- Como sabem que é idêntico?
- Levaram cientistas para testar.
- Foram espertos. E aí?
- Aí que, acusticamente, comparando a gravação do canto do pássaro com o som causado, são idênticos.
- Sério?
- Sério.
- Bem...
- Viu que incrível?
-... Eu não acredito em fim do mundo e esse chimarrão não é microfone, eu já te falei.
Matheus I. Mazzochi
Yin-Yang
- Olha esse pôr-do-sol!
- É... É bem bonito.
- É lindo! Nossa... não te faz pensar como a vida é tão colorida e bela? Olha essas cores! Tem diferentes tons de laranja, vermelho e violeta. Deve ter todos os tipos de combinações.
- É, deve ter mesmo.
- Não é a coisa mais linda que tu já viste?
- Não diria que é a mais linda, mas está entre elas.
- É lindo...
*
- Já viu o nascer do Sol?
- Eu to dormindo nessa hora.
- Às vezes, eu saia mais cedo de casa só para vê-lo antes de ir para a aula.
- Pra quê?
- Para ter um toque de beleza já de manhã.
- Hm. E fazia alguma diferença? Teu dia ficava mais belo?
- Acho que fazia. Era lindo, muito lindo.
- Mais que o pôr-do-sol?
- Não sei, na real. É uma boa pergunta pra refletir.
*
- Acho que é a mesma coisa.
- O que é a mesma coisa?
- O pôr-do-sol e o nascer do sol.
- Tu achas que o pôr-do-sol é a mesma coisa que o nascer do Sol?
- Acho. Acho que o Sol fica no mesmo ângulo de incidência...
- Não me venha com óptica...
- Mas é a verdade, não posso fazer nada.
- Acho que são diferentes.
- Por quê?
- Porque são. Um é no fim do dia; outro, no inicio.
- Como tu podes afirmar se nunca presenciou o nascer do Sol?
- Pela lógica.
- Não mesmo.
- Esse chimarrão não é microfone, sabia?
- Toma. Ta bem bom.
- Como eu dizia: pela lógica. Um é no nascer do dia e isso quer dizer que ele aparece para iluminar o dia. Fica lá no céu por umas doze horas e depois se põe. O pôr-do-sol é o pôr-do-sol porque é no fim do dia. Viu? São diferentes.
- Volto a dizer que a incidência deve ser parecida. As cores são as mesmas.
- As combinações das cores são as mesmas?
- Não sei. Não calculei e nem acho que tem como, mas só em olhar a gente sabe que devem ser.
- Só em olhar?
- Tu sentes, sabe?
- Tu sentes ou tu sabes?
- Não podem ser diferentes.
- Olha, um começa no Leste; outro, no Oeste. Leste é diferente de Oeste.
- Acho que um é a combinação e continuação do outro, portanto devem ser uma coisa só.
- Deve ser o ciclo do Sol.
- É lindo.
- Ta, vamos indo que está ficando escuro já.
- Que tal vermos o nascer do Sol?
- Pra quê?
- Pra terminarmos com essa discussão.
- ...
- É sério!
- Eu vou colocar a água pra esquentar.
- Eu trago as cadeiras...
- Cadeiras? Vamos ficar a noite toda aqui?
- Quero te falar algo sobre as estrelas. Não vamos perder o espetáculo todo, né?
- Por que ver a noite toda? Não queria só ver o nascer do Sol?
- Não é lógico só observar o inicio e o fim se o meio também é bonito.
- Eu sou o cara da lógica, ta bom?
- Sempre é bom aprender. Abrir a cabeça e conhecer coisas novas.
- É, que seja. Vou lá aquecer a água.
- Vai ser divertido.
- Só não me venha com Astrologia.
- É... Vai ser bem divertido.
Matheus I. Mazzochi
quarta-feira, dezembro 28
Got You On My Mind
I've got you on my mind, I'm feeling kind of sad and low.
Got you on my mind, feeling kind of sad and low.
I'm wondering where you are, wondering why you had to go.
Got you on my mind, feeling kind of sad and low.
I'm wondering where you are, wondering why you had to go.
Tears begin to fall every time I hear your name.
Tears begin to fall every time I hear your name.
But since you went away, nothing seems to be the same.
Tears begin to fall every time I hear your name.
But since you went away, nothing seems to be the same.
No matter how I try,
My heart just don't see why
I can't forget you.
If ever it should be
You want to come back to me,
You know I love you.
My heart just don't see why
I can't forget you.
If ever it should be
You want to come back to me,
You know I love you.
I'm wondering where you are, wondering why you had to go.
I'm wondering where you are, wondering why you had to go.
I'm wondering where you are, wondering why you had to go.
Biggs/ Joe Thomas - 1999
sábado, dezembro 24
Bom Dia
- Quando é que temos a certeza de que nos apaixonamos por alguém?
- Quando, ao acordarmos, vemos no meio do rosto amassado e no meio dos cabelos bagunçados, a mulher mais linda de todo o mundo.
Matheus I. Mazzochi
- Quando, ao acordarmos, vemos no meio do rosto amassado e no meio dos cabelos bagunçados, a mulher mais linda de todo o mundo.
Matheus I. Mazzochi
sexta-feira, dezembro 23
Happy Xmas (War is Over)
So this is christmas
And what have you done
Another year over
And new one just begun
And what have you done
Another year over
And new one just begun
And so this is christmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The older and the young
I hope you have fun
The near and the dear one
The older and the young
A very merry christmas
And a happy new year
Let's hope it's a good one
Without any fear
And a happy new year
Let's hope it's a good one
Without any fear
And so this is christmas (war is over...)
For weak and for strong (...if you want it)
The rich and the poor one
The world is so wrong
For weak and for strong (...if you want it)
The rich and the poor one
The world is so wrong
And so happy christmas
For black and for white
For the yellow and red one
Let's stop all the fight
For black and for white
For the yellow and red one
Let's stop all the fight
A very merry christmas
And a happy new year
Lets hope it's a good one
Without any fear
And a happy new year
Lets hope it's a good one
Without any fear
And so this is christmas
And what have we done
Another year over
And new one just begun...
And what have we done
Another year over
And new one just begun...
And so happy christmas
We hope you have fun
The near and the dear one
The older and the young
We hope you have fun
The near and the dear one
The older and the young
A very merry christmas
And a happy new year
Let's hope it's a good one
Without any fear
And a happy new year
Let's hope it's a good one
Without any fear
War is over
If you want it
War is over
Now
If you want it
War is over
Now
John Lennon/Yoko Ono - 1971
quarta-feira, dezembro 14
Paradoxo de Nosso Tempo
Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir maiscópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do ‘fast-food’ e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas “mágicas”. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar ‘delete’.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer “eu te amo” à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame… Ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
Dr. Bob Moorhead
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir maiscópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do ‘fast-food’ e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas “mágicas”. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar ‘delete’.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer “eu te amo” à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame… Ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
Dr. Bob Moorhead
domingo, dezembro 11
segunda-feira, dezembro 5
Você Não Entende Nada
Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos, de cortar cebola
Você é tão bonita
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos, de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz a coca-cola eu tomo
Você bota a mesa, eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como você
Não está entendendo quase nada do que eu digo
Eu quero ir-me embora
Eu quero é dar o fora
Eu quero ir-me embora
Eu quero é dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo neste apartamento
Você não acredita
Você não acredita
Traz meu café com suita eu tomo
Bota a sobremesa eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como você
Tem que saber que eu quero correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
Eu quero que você venha comigo
Eu quero que você venha comigo [Todo dia]
Eu quero que você venha comigo [Todo dia]
Eu quero que você venha comigo [Todo dia]
Caetano Veloso
Cotidiano
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Chico Buarque - 1984
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