Lá estava eu no velho oeste vendo a fumava elevar-se do chão toda vez que as pessoas passavam caminhando e as rodas das carroças passavam rodando. Todos de roupas típicas. Voltei-me à esquerda e tinha um amigo meu apoiado num galpão onde se vendiam livros infantis. Perguntou-me se eu queria o novo livro que contava a história de três cachorros. Olhei a capa e vi três cachorros que tinham lã em seus corpos ao invés de pelos. Perguntei quanto custava e ele me disse que custava vinte reais divididos por quatro. Tirei uma nota de dez reais e ele me deu cinco de troco.
Entrei no Saloon e sentei na classe escolar que estava na minha frente. A aula havia começado e a professora estava cobrando a tarefa de Português. Uma lista com definições do que eram Artigos, Pronomes, Adjuntos, Substantivos, etc. Vi que a classe não era minha, tinha um estojo rosa aberto e uma folha de prescrição médica. Levantei-me e fui conversar com meus amigos no outro lado da sala. Planejávamos o trabalho que deveríamos ter feito. Um deles disse que seria uma boa idéia ir lá ao fundão e se atirar no chão deslizando; outros, que seria perigoso. Dera-me o dinheiro do livro e fomos nos sentar, pois haveria prova. Na prova, tínhamos que colocar nosso nome, nosso tipo sanguíneo, nosso email e nossa senha de email. Indaguei a professora dizendo que não poderíamos colocar nossa senha. Perguntei se era a senha com números e letras ou só colocar asterisco, asterisco. A professora sem rosto me disse que era para colocar a senha e circulou o tópico que pedia isso na folha. Discuti com ela dizendo que isso era quebra de privacidade e me levantei. Pedi licença e sai da sala. Atravessei quatro colunas que estavam na minha frente em ziguezague e fui ao guichê reclamar. Apesar de ter furado a fila, a mulher me disse que não era ali que se faziam reclamações. Era no outro guichê. Fui ao outro onde tinha uma fila enorme. Entrei na fila atrás de duas senhoras e um senhor que não deu preferência a elas.
Quando atravessei a porta para entrar no guichê para reclamar, recebi uma arma e um capacete. Coloquei o capacete e segurei a arma para seguir em frente e ver um campo completamente denso e inclinado. Desci as coxilhas pela noite e me agachei para conseguir passar entre as moitas. Corremos de um lado para o outro fugindo dos tiros que os postos de sentinelas atiravam. “Eu só queria saber se era certo colocar a senha ou não!” Um amigo meu disse. Corremos e vimos que duas pessoas nos viram e estavam vindo em nossa direção com lanternas e armas. Zunidos de tiros eram escutados e o chão sempre acabava sendo esburacado pelas balas que passavam perto de nós. Nos pegaram e nos questionaram. Um deles era meu avô e ficou feliz em nos ver. Perguntamos se era certo o que a professora cobrou e ele, sorridente com seu bigode, disse que nos ensinaria os segredos do Kung Fu. Aprendi a usar o Nin-Cha-Ku. Cheguei perto dele e de mais dois amigos. Cumprimentamos-nos ao estilo Oriental abaixando nossas cabeças e eu acordei.
Matheus I. Mazzochi
hahaha, demais!
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