Raul Luar, certo dia, foi caminhar.
E encontrou a morena de seus sonhos.
A sétima, devemos ressaltar,
Na sacada, em gestos enfadonhos.
Curioso, o poeta apaixonado
Escondeu-se atrás do muro,
Para admirar embasbacado
A beleza do corpo puro.
A beleza do corpo feminino,
Pelo melhor escultor esculpido,
Deixa qualquer homem são
Na mira do cego cupido.
Eis que a morena debruçou-se na varanda.
E seus lábios caramelados liberaram um suspiro.
Como a parte circular da Lua surgindo entre a nuvem branda,
Os seios foram sendo apertados. Eis o que me refiro...
Como um jovem virgem hipnotizado,
Raul Luar disse: “Deus meu, assim eu piro”.
Pulou o muro olhando para ela
Preciso e certeiro como um perfeito tiro.
Porem até o tiro perfeito pode ricochetear,
Se na frente dele algo surgir.
E Raul Luar não poderia adivinhar
Que do outro lado do muro, um cão estava a dormir.
Matheus I. Mazzochi
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