terça-feira, outubro 25

E a resposta, meus amigos, está soprando no vento.

Ando pela rua e vejo que vem alguém me encher o saco:
- Oiiii! E aí? Nossa! Tu estás um caco.
Um caco? Eu estou um caco? Eu vivo tentando coletar as peças
Que caem de mim quando respiro.
Fragmentei-me no chão suplicando como em rezas.
Acordo, reflito, repenso, piro e aspiro.

Volto à realidade... O ser que respira e está inteiro me olha.
Ele deve estar esperando alguma coisa que eu não faço idéia do que seja.
Talvez deva ser um sorriso... [sempre é um sorriso!].
As pessoas gostam dos sorrisos.
É... Vou sorrir.

...

O que foi aquilo? Que tipo de pergunta foi aquela?
Por que agi daquela maneira?
Melhor!
Da onde veio aquele sorriso?
Ah...
Como os deuses são bons em enviar anjos que parecem
Que irão nos incomodar... Que aparentam isso.
Mas estão enganados...
Anjos maravilhosos que suas ordens desobedecem
E esquecem.

Ele foi esperto, me fez sorrir.
Ele foi esperto, me fez seguir adiante.
Ele foi esperto... Que ser radiante!
Sim! Agora faz sentido.
Eu estava realmente um caco.
E há algo maior e contagiante.

Em vão olhava para o chão
Catando as partes de mim que deixaram de ser de mim
E sumiram do nada para o nada e do nada para o fim.
Se, na verdade, eu precisava olhar para frente,
Ver toda essa gente,
Que, apesar de ser diferente,
É parte de mim, pois é corpo, corpo que sente.
Sois vós e nós,
Sois a Mente.
Sois a Mente!
Sois a Mente...

Que belo insight
Que belo pensamento.
Que bela conclusão.
O que seria do verde das folhas, se não fosse o azul do céu da refração da onda eletromagnética que é a luz?
E ela é branca... Ela é pura...ela parece ser um só,
Mas não é.
São sete cores em uma só.
Sete.
Sete vezes sete dá quarenta e nove.
Quarenta e nove é um número relativamente grande....
E tudo começou com o branco.

Sete...



Eis o número, meus senhores:
Sete. 

Matheus I. Mazzochi

Nenhum comentário:

Postar um comentário